4 de março de 2009

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Escola da Obra

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ESCOLA DA OBRA

O Ministério da Edificação da Casa de Deus

(Gerson Lima, 05/02/09)

“… querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério,
para edificação do corpo de Cristo…” (Efésios 4.12).


Deus revela em Sua Palavra que Ele tem um propósito eterno, que é “tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra…” (Ef 1.10). Deus quer que Ele seja Senhor sobre todas as coisas e tudo seja cheio da Sua glória. Sua obra de criação do Universo e da edificação de um povo na Terra para andar com Ele é parte da execução desse propósito. De Gênesis a Apocalipse Sua obra é única e feita em continuidade, até atingir Sua plenitude.
Deus quer que Seu povo seja edificado na Terra como Sua casa espiritual para Sua habitação e como uma cidade para Seu testemunho e governo, antes de ser Sua habitação no céu. Por esse motivo, Seu inimigo sempre batalha para desintegrar Seu povo.
No passado, Deus deu uma visão inicial de Sua casa a Jacó. Com Moisés a visão foi ampliada e se transformou num tabernáculo. Com Salomão tornou-se um templo com muitos aspectos que representavam as riquezas do mistério da união de Cristo e a Igreja.
No tempo de Jeremias a cidade de Jerusalém e o templo foram destruídos e o povo de Deus, por sua desobediência ao Seu propósito, foi levado cativo para Babilônia e lá ficou por 70 anos. Então Deus despertou o espírito de vários dentre os Seus para saírem de Babilônia e voltarem a Jerusalém. A ordem foi para todos, mas somente um remanescente obedeceu ao Seu chamamento e voltou a Jerusalém.
Muitas lutas foram travadas, e a casa voltou a ser reedificada, até que com a complementação de Esdras, Neemias e vários outros o templo e a cidade foram restaurados.
No entanto, todos esses avanços no Antigo Testamento eram figuras que apontavam para uma realidade que viria. Hoje, no Novo Testamento, a edificação do corpo de Cristo é a continuação e a realidade do tabernáculo e do templo. “E, na verdade, Moisés foi fiel em toda a sua casa, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar; mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós...” (Hb 3.5-6). Com a segunda vinda do Senhor Jesus a Nova Jerusalém, formada pelos santos glorificados, será a conclusão máxima e final dessa edificação (Ap 3.21).
Deus manifestou Seu propósito com riqueza de detalhes ao longo de Sua Palavra. Na Antiga Aliança Ele edificou Sua casa usando Seus colaboradores. Seus edificadores foram fiéis segundo o encargo respectivo em cada época. Muitos foram separados para “a obra do ministério da Casa de Deus” (1 Cr 9.13).
Na Nova Aliança Jesus disse: “Eu edificarei a minha Igreja” (Mt 16.18), referindo-se à nova etapa da casa de Deus, o corpo de Cristo. Agora, Deus conta com cada um de nós, Seus filhos, neste tempo do fim, para que Sua casa seja plenamente edificada. Deus nos salvou pela graça para sermos Seus colaboradores pelo Espírito. Por isso, o Espírito Santo continua separando Seus filhos para a obra do ministério da edificação da casa de Deus.

A Relação entre a Igreja Local e a Obra Extralocal

Em Atos 13 vemos a relação entre a igreja local e a obra extralocal. “Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores (...). (…) disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado” (At 13.1-2). Em Atos 14.26 vemos que Saulo e Barnabé voltaram para Antioquia, “onde tinham sido recomendados à graça de Deus para a obra que já haviam cumprido”. A obra extralocal inicial se constituiu em pregar o Evangelho para formar discípulos, edificar igrejas locais, fundamentá-las na Palavra e delegar anciãos para governá-las.
O Espírito Santo revela Sua vontade para que a igreja local seja o testemunho do corpo de Cristo em sua respectiva cidade, enquanto a obra é o avanço do ministério do corpo para outros lugares. A igreja deve ser liderada pelos anciãos locais, enquanto a obra é liderada pelos obreiros extralocais. Enquanto a esfera de ação da igreja é local, a da obra é regional, incluindo várias cidades (2 Co 10.13-16).
Paulo e Barnabé foram enviados pelo Espírito Santo através do ministério da igreja em Antioquia e voltaram após o encargo cumprido. Mas a igreja em Antioquia não interferia na obra extralocal, nem as igrejas novas eram governadas por ela. O princípio da Palavra nos mostra que cada igreja local deve ser o testemunho do Senhor localmente e administrada pelos anciãos locais, seguindo as orientações do Espírito Santo.
Não há o pensamento de igreja-mãe gerenciando uma junta de igrejas ou os obreiros como centro controlador gerenciando as igrejas. Igualmente, a idéia de um chefe liderando várias igrejas locais é um princípio papal, não o de Cristo.
As igrejas locais mantinham comunhão e se ajudavam mutuamente, mas respeitavam seus limites de responsabilidade espiritual. Antioquia era tão-somente a base local que apoiava os obreiros que foram enviados a partir dela. Os obreiros não fundavam uma igreja que levasse o nome deles nem da igreja em Antioquia. Eles trabalhavam na base do corpo de Cristo e para edificar o corpo em cada lugar.
No Novo Testamento cada igreja é mencionada como “a igreja do Senhor na cidade” e leva o nome da cidade como referência: “igreja em Éfeso”, “igreja em Jerusalém”, etc. Os obreiros se ocupavam com o ministério da Palavra e entregavam a administração de cada nova igreja aos anciãos locais.

A Escola da Obra Cristã

Em Atos 19 vemos claramente mais um encargo importantíssimo da obra. Paulo tinha por costume ir primeiro às sinagogas pregar o Evangelho. Entretanto, como em Éfeso houve forte resistência por parte dos judeus, Paulo separou os discípulos e passou a ensiná-los na escola de Tirano (19.9).
Era comum aos filósofos ensinarem suas matérias em suas respectivas escolas. Paulo, então, adotou essa modalidade. Possivelmente Tirano era um filósofo que ensinava em sua própria escola. A história não registra muitos detalhes sobre esse episódio, mas todos concordam que Paulo usava cerca de quatro horas todos os dias para ministrar a Palavra e, fora isso, mantinha comunhão e também ensinava os discípulos pelas casas. Ele prosseguiu na escola o que foi impedido de fazer na sinagoga. No final de seu ministério alugou uma casa em Roma para levar adiante seu encargo de despenseiro dos mistérios de Deus (28.30-31). Ele labutava com muitos outros na edificação da casa de Deus. Vemos, então, a harmonia entre a Igreja e a obra, pois a obra existe para ajudar os anciãos e as igrejas locais equipando os santos para o ministério da edificação da casa de Deus. Nesta conjuntura, ele se ocupou totalmente em ministrar aos discípulos “todo o conselho de Deus” (20.27). E por cerca de dois anos muitos puderam ouvi-lo, de modo que em toda a Ásia se espalhou a Palavra de Deus. Todos os dias, publicamente e pelas casas, ele pregava (kerigma) e ensinava (didaké) tudo que era proveitoso para ajudar os santos a viverem no propósito de Deus.
Embora haja lugar na igreja local para mensagens espontâneas, reveladas (rhema) e circunstanciais, os apóstolos foram comissionados por Deus para administrar o logos, a Palavra plena de Deus. Assim, os obreiros são chamados especialmente para sustentarem o ministério da Palavra. “Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra” (At 6.4).
Assim como o tabernáculo e o templo deveriam ser edificados sobre os sólidos fundamentos apontados por Deus, a Igreja também deve ser edificada sobre o Fundamento revelado por Deus através dos apóstolos e profetas. “Porque ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo” (1 Co 3.11).
A vontade de Deus é “que todos os homens se salvem e venham ao pleno conhecimento da verdade” (1 Tm 2.4). Muitos têm sido salvos em várias partes do mundo, porém devemos nos perguntar: quantos estão sendo aprofundados em toda a verdade, sendo treinados para edificar o corpo de Cristo? Deus quer que vejamos que a salvação não é um fim em si mesma, mas é apenas um meio de Deus nos trazer de volta ao Seu propósito. Precisamos avançar.
Deus tirou com mão forte Seu povo do Egito, mas queria que se fizesse um tabernáculo para Ele: “Fala aos filhos de Israel que me tragam uma oferta alçada; de todo homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a minha oferta alçada. (...) E me farão um santuário, e habitarei no meio deles” (Êx 25.1, 8). Da mesma maneira, fomos salvos para sermos edificados juntos como Sua casa para que Cristo seja tudo em todos. No entanto, Deus mesmo apontou os materiais que deveriam ser usados para edificar a casa, como ouro e pedras preciosas, que representavam as riquezas de Deus em Cristo que devem ser dispensadas na Igreja para que ela se torne a habitação e manifestação de Deus.
Deus quer que cheguemos ao pleno conhecimento de Sua verdade, a começar pelos fundamentos. Por isso, “todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus, o Cristo” (At 5.32). Portanto, o mistério da Trindade, da encarnação do Verbo, a pessoa e obra do Senhor Jesus Cristo, Seu ministério terreno, Sua morte, ressurreição, ascensão, Ele como o Espírito vivificante, o corpo de Cristo, Sua segunda vinda e Seu Reino milenar com a Igreja são verdades fundamentais do conselho de Deus que os ministros da Palavra devem aprofundar nos santos.
Como disse Paulo: “... me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo...” (Ef 3.8). Mas, lamentavelmente, tem se pregado outro evangelho, pobre, que visa o bem-estar humano e não o propósito de Deus. “... e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que, desde os séculos, esteve oculto em Deus, que criou tudo criou; para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus, nosso Senhor...” (Ef 3.9-11). A obra da edificação da Igreja como casa de Deus é tão grande e maravilhosa que até mesmo aos anjos Deus quer ensinar facetas de Suas riquezas que somente com a encarnação do Verbo e Sua habitação com os homens, como um só corpo, pelo Espírito, poderiam ser conhecidas.
Na história da Igreja houve vários dos mais notáveis servos do Senhor que também foram inspirados pelo Espírito Santo a terem “suas escolas da obra”, como, por exemplo, Orígenes em Cesaréa, Agostinho em Hipona, Calvino em Genebra e Watchman Nee no Monte Kuling. Da mesma maneira, podemos ter nossa “escola”, abrindo a Palavra a todos que forem despertados por Ele a se aprofundar em Sua Palavra, visando a edificação de Sua casa. Não se trata de um seminário para obter conhecimento. Nosso chamamento principal é com o ministério da Palavra e nosso alvo é o aperfeiçoamento dos santos para a obra do ministério da edificação do corpo de Cristo.
O termo escola da obra não se refere a nenhuma instituição jurídica religiosa, mas ao expediente espiritual do ministério da Palavra em caráter de treinamento dos santos. Não representamos uma denominação, mas o ministério do corpo de Cristo. Confiamos no Senhor que, com Cristo na escola da obra cristã, seremos treinados por Ele em Sua Palavra para sermos Seus colaboradores no ministério da edificação de Sua casa em cada lugar onde nos movemos.

A Relação entre a Igreja Local e o Amplo Corpo de Cristo

Embora a igreja local seja “autônoma” quanto à administração, jamais poderá sobreviver adequadamente separada dos ministérios fundamentais do corpo de Cristo, pois Deus colocou, primeiramente, esses ministérios na Igreja, no aspecto geral, para edificar as igrejas locais como o testemunho do corpo localmente (1 Co 12.27-29).
A administração é local, mas a comunhão e o funcionamento do corpo não têm fronteira. A plenitude de Cristo está distribuída no amplo corpo de Cristo e jamais está restrita a um líder ou apenas a uma parte do corpo. Devemos ser abertos para a Cabeça nos coordenar como membros de Seu amplo corpo espalhado em muitos lugares, de acordo com a direção e o fluir do Espírito Santo. Precisamos ser disciplinados pelo Espírito Santo, para “poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus” (Ef 3.18-19). É Ele quem deve governar Sua obra, não nós.

A Estratégia de Satanás

Precisamos ser confrontados pela Palavra se estamos cooperando para edificar a Igreja como o corpo de Cristo, a casa de Deus, ou como um sistema mais conveniente ao nosso ego. Satanás ainda luta para usurpar o lugar do Senhor na Igreja. Seremos devastados se não percebermos que é uma estratégia de Satanás a insistência de a Igreja tentar sobreviver de improvisações e de mensagens desconectadas do propósito de Deus em relação a Cristo. Se em nossa caminhada como Igreja desvalorizamos o ministério da Palavra e nos distraímos com entretenimento, com certeza nos desviamos do caminho do Senhor e pegamos o atalho do inimigo. Deus nos convoca para consagrarmos nossa vida para cumprir o propósito para o qual fomos criados. Ele nos exorta para negarmos a nós mesmos e tomarmos a cruz para vivermos a Igreja como Seu testemunho.

A Função Principal do Ministério

Na Carta aos Efésios está claro que Deus constituiu o ministério em Sua casa, e sua principal função é treinar os santos para a obra do ministério da edificação do corpo de Cristo (Ef 4.11-16). Paulo mencionou que Timóteo fazia a obra com ele (1 Co 16.10), por isso, no final de sua carreira, encarregou-o de transmitir a homens fiéis e idôneos todo o conselho de Deus que ele havia recebido, para que estes pudessem instruir a outros (2 Tm 2.2). Nos dias de hoje Deus prossegue separando obreiros para o ministério da Palavra visando o treinamento dos santos para o ministério da edificação de Sua casa.
Se quisermos ser Seus colaboradores em Seu propósito, precisamos voltar à autoridade de Sua Palavra para sermos “edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina…”. Deste modo, poderemos ser “... um edifício bem ajustado crescendo para templo santo no Senhor”. Só assim, em cada cidade, poderemos ser “edificados para morada de Deus no Espírito” (Ef 2.22).
Ele está lavando Sua Igreja com a água pura de Sua Palavra neste tempo do fim, até que ela seja gloriosa (Ef 5.25-27). Oremos para que cada vez mais possamos entender essas realidades espirituais. Que Ele nos desperte e nos capacite a nos unirmos a Ele para sermos treinados na escola de Sua Palavra para sermos Seus colaboradores.
Agora, Deus fala para nós: “Subi o monte, e trazei madeira, e edificai a casa; e dela me agradarei e eu serei glorificado, diz o SENHOR” (Ag 1.8). Que priorizemos o ministério da Palavra como o ministério principal na Igreja. Que, como Maria em Betânia, cessemos de nossos ativismos e sentemo-nos totalmente aos Seus pés para ouvi-Lo.

Gerson Lima, 05/02/09
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